Aprender a confiar

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Aprender a confiar

O ser humano vive em relação. Desde que nascemos que precisamos do outro. Para sobreviver, o bebé confia que é nutrido, tanto com a alimentação como com o amor. Aos poucos vai ganhando as suas asas e percebendo que pode fazer pequenas viagens: pode ir e voltar, que os seus cuidadores estão lá. Aprende a confiar que o pode fazer, pode caminhar, ser ele próprio. Aos poucos vai caminhando para mais longe e mesmo que perca alguém do ângulo de visão, ele sabe que está lá alguém. Este seria o caminho. E poderá sê-lo, com alguns altos e baixos.

Por vezes não isto que acontece. Nem é sequer parecido com esta possibilidade e os desencontros são muitos. E esses desencontros têm algo a dizer nas nossas relações enquanto adultos. E embora por vezes pareça dramático, não nos podemos esquecer que, da mesma maneira que nascemos com os nossos desafios, nascemos com determinadas capacidades e recursos e vamos desenvolvendo formas e ferramentas para lidar com o mundo. É neste campo que podemos sublinhar a importância do auto-conhecimento. Conhecermo-nos melhor a nós próprios permite encontrar novos caminhos perante os desafios que vão surgindo na nossa vida.

Seja como for, muito do que vivemos com os nossos pais e pessoas próximas nas primeiras etapas das nossas vidas, tem muita influência nas relações que temos como adultos, sejam amorosas, profissionais ou sociais. E como sou eu, hoje, como adulto, na relação com o outro? Estarão as fronteiras bem delimitadas? E com isto, serão elas muito rígidas ou demasiado permissivas?

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