E do que trata este livro, o que podemos esperar dele? Navegando pelos pontos cardeais, o leitor encontra a possibilidade de aprofundar quatro grandes áreas: filosofias de base para a vida (Norte), ferramentas de apoio (Sul), a relação consigo próprio (Este), e a relação com os outros (Oeste). Cada ponto cardeal prepara a base para o seguinte. Tal como a construção ou leitura de um mapa: ligando todas as coordenadas para que no fim possamos olhar para um percurso que foi feito através do pensar, mas incluindo sempre o sentir.
É de facto uma perspetiva integradora onde o leitor procura ver-se inteiro e conectado, com todas as partes do seu ser e no contacto com o outro. É uma viagem de inspiração que pretende potenciar a renovação das paisagens internas de cada um.
O caminho da vida tem demasiadas ramificações. Não sabemos qual a direção mais acertada, mas com a experiência, ajuda externa e às vezes um pouco de sorte, conseguimos ir trilhando um caminho próprio, só nosso, construído das nossas certezas e incertezas.
Por vezes corre bem e por vezes corre mal. A proposta deste livro é a de dar ao leitor a possibilidade de criar o seu próprio mapa, esquecendo os croquis dos outros e criando a flexibilidade necessária para se adaptar àquilo que não controla.
Que seja possível para cada um a construção do seu mapa, nunca se esquecendo de criar uma boa vizinhança com os mapas vizinhos. Porque se “nenhum homem é uma ilha” (John Donne), sejamos então continentes de possibilidades.